As Farinhas Paulino Horta surgiram em 2001 com o esforço de Artur e Paulo Paulino Horta.
Artur e Paulo nasceram e cresceram numa família de moleiros. Netos, filhos e sobrinhos de moleiros!
O seu avô, o seu pai e o seu tio tiveram um papel fundamental na transmissão de conhecimentos do que é ser moleiro.
Ser moleiro é mais do que uma profissão, é uma forma de vida!
A sua família resistiu ao domínio dos grandes grupos industriais porque, para eles, só fazia sentido fazer farinha se fosse com as antigas técnicas de moagem em mós de pedra. Para eles, o respeito pelo ciclo do pão e pelo ciclo dador de vida era algo que merecia ser respeitado para que continuasse a existir. E por isso, eles continuaram a lutar e conseguiram fazer farinhas de moleiro ao longo de décadas.
As farinhas de moleiro são as farinhas feitas por moleiro, que respeitam as antigas técnicas de moagem em mós de pedra. Estas farinhas são feitas a partir de cereais de diferentes espécies. Estas farinhas são nutricionalmente ricas e transmitem vida e alegria. O resultado é um verdadeiro pão, que precisa de tempo, com sabor e aroma.
As farinhas de moleiro têm resistido à tentativa de monopolização e uniformização do mercado.
Contrariamente, os grandes grupos industriais defendem que a farinha deve ser produzida em grande escala e ser menos complexa e mais estável. Estas farinhas têm como objetivo a produção, o mais rápido possível de grandes quantidades de pão, usando leveduras e auxiliares de fabrico industriais.
Para Artur e Paulo, a farinha tem de transmitir amor, paixão e dedicação. Assim, continuam a lutar para que continue a existir, as farinhas de moleiro!
Eles tiveram o privilégio de aprender os valores de ser moleiro com os antigos moleiros. Eles aprenderam a respeitar o ciclo do pão, o ciclo dador de vida. Eles acreditam que contribuem para uma melhor e mais feliz vida de outros.
É um esforço! É uma luta! Continuar a fazer farinha, preservando todas as partes do grão, para criar um verdadeiro pão.
Artur e Paulo cresceram com a sua mãe a fazer pão com a farinha que o pai fazia ao sabor do vento entre duas pedras, com cereais de outros tempos. Essa memória nunca se esquece! E é esta memória que faz tornar o quase impossível, em possível.
Parecia quase impossível ser moleiro, porque a profissão de moleiro perdeu a sua importância ao longo do tempo. A sociedade passou a perder a ligação entre quem produz, quem transforma e quem consume. A sociedade passou a não querer saber a essência e alma das coisas e, isto provocou um empobrecimento de valores e tristeza. Devido a estas circunstâncias, os antigos moleiros deixaram de transmitir os seus valores à nova geração. De alguma forma, para os salvar de uma forma de vida, que já tinha sido nobre mas, agora, condenaria o seu futuro.
Contra tudo e todos, Artur e Paulo, acreditam que ser moleiro, apesar das dificuldades e sacrifícios, vale a pena!
Assim, nascem as Farinhas Paulino Horta!
Desde o início, o foco era encontrar um ponto de encontro entre as pessoas que trabalham as terras e cultivam os cereais e as pessoas que se beneficiam com o consumo do produto final. Assim, foi possível ajudar a salvar algumas espécies de cereais. Também foi possível motivar alguns agricultores para continuarem a cultivar as suas terras, com técnicas mais regenerativas e melhores para a obtenção de cereais mais ricos nutricionalmente. E foi possível ajudar muitos a acreditar que valia a pena voltar a fazer pão, com massa-mãe, com tempo, com farinhas de moleiro, produzidas com as antigas técnicas de moagem em mós de pedra e com as atuais técnicas de controlo e qualidade.
Mais que uma moagem de cereais, mais que um negócio, somos moleiros! Uma forma de vida!
Hoje, acreditamos que o crescimento das Farinhas Paulino Horta está relacionado com os valores e os princípios que foram transmitidos pelos antigos moleiros. E é esta forma de vida que acreditamos contribuir para um futuro melhor!
E vamos continuar a ser moleiros. Moleiros que fazem farinhas com o objetivo de fazer pessoas mais felizes e que transmitem emoções em forma de pão, bolos, pizas, massas e outros!